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Matt e a Gata

Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. Mateus 5:41

Matt, nosso cachorro, vivia em constante conflito com Sammy, a gata siamesa dos vizinhos. Se Matt estava dentro de casa quando Sammy entrava em nosso quintal, ele suplicava para sair a fim de defender sua casa. Latindo furiosamente, Matt lançava seu ataque.

Quando isso acontecia, Sammy fugia em pânico, subindo na primeira árvore que visse pela frente. Em um galho seguro, ela levantava o pelo e bufava seus argumentos em linguagem felina. Matt apoiava-se apenas nas patas traseiras, discutindo com ela na linguagem dos cães.

Certa tarde, observei uma mudança muito incomum dos acontecimentos. Matt estava perseguido Sammy no jardim da frente. Por alguma razão, Sammy decidiu não correr mais. Junto à base do tronco de uma figueira, ela virou-se e ficou de frente para o cão perseguidor.

Apanhado de surpresa, Matt parou subitamente a apenas alguns centímetros da gata, que agora arqueava as costas e bufava na direção dele. Matt deu um passo para trás e deitou-se, com a cabeça entre as patas, a fim de estudar aquela curiosa criatura que o encarava. Por vários minutos, Sammy fixou o olhar em Matt, bufando. Matt ficou em silêncio.

Matt deve ter entendido que devia deixar Sammy quieta. Ela virou-se e andou calmamente no meio das plantas até sua casa, enquanto ele ficou deitado, vendo-a ir embora. Pensei comigo mesma: “Que perfeito exemplo do poder de enfrentar um adversário!”

Ao enfrentar Matt, Sammy assumiu o controle. Creio que é isso que Jesus está tentando ensinar no Sermão da Montanha. Acredito que Jesus diz: “Não lute quando entra em conflito com pessoas difíceis. Tampouco se submeta humildemente à injustiça. Encare a pessoa. Confronte-a com sua necessidade de controlar a própria vida.”

É exatamente isso que você faz quando diz: “Ok. Se você deseja que eu ande uma milha, vou decidir o seguinte: caminho duas milhas. Você está querendo meu suéter? Posso fazer mais do que isso. Dou-lhe minha jaqueta também. Estou no comando da situação!”

Mantendo a Amizade

O modo cristão de lidar com o conflito não é lutar. Não é fugir. É encarar o problema e concentrar-se nele.